sexta-feira, 18 de junho de 2010

The second dream/ 1st part

O sol brilhava no céu mais do que em qualquer outro dia. Eu não gostava do sol, preferia dias nublados, frios. Mas por algum motivo estava um pouco entusiasmada. Levantei da cama e fui procurar pela minha família. Quando me dei conta,estava na minha antiga casa. Na qual vivi os melhores momentos da minha infância. Como amava aquela casa, porém, o que eu estava fazendo ali?
Fui para a varanda, nada tinha mudado. As flores ainda eram as mesmas, a entrada continuava intocada. Percebi que não estava sozinha, e, quando me virei, encontrei meu amado primo, com sua namorada, da qual eu não gostava de jeito algum.
- Fernando! O que você está fazendo aqui ?
De repente a casa se inundou de pessoas, todas muito elegantes (e eu ainda com meu pijama), entravam sempre sorrindo para mim.
- O que estas pessoas estão fazendo aqui? - perguntei para ele.
_ Ora, Gabriela - ele falava tão serio, e surpreso por eu não saber o motivo - são todos convidados para a sua festa de aniversário.
- Aniversário? Meu? Mas quem está organizando? Onde estão mamãe e papai? e meu irmão?
- Estranho me perguntar por eles, e achei que estivesse claro quem organiza suas festas - ele então olha para trás de mim.
Eu me viro e então o medo e o ódio vêm.
Ele sai da casa, muito elegante, segurando duas taças de vinho.Entrega-me uma e,ignorando a presença de meu primo,leva-me pelo braço até a sala de visitas.
Não trocamos nenhuma palavra, mas ele me obriga a receber todos os parabéns e presentes, sempre me segurando pelo braço.
No meio de tantos convidados, dos quais eu nem lembrava o nome, consigo reconhecer um rosto. Um rosto que me traz calma, esperança e alegria. Era meu irmão.
Meus olhos brilham, a vontade de sair correndo e me jogar em seus braços, pedindo socorro é enorme. Porém, o homem ao meu lado não deixa.
Meu irmão vem então até nós, ele é o único que tem a coragem de olhar nos olhos do homem ao meu lado, e o cumprimenta friamente. Beija a minha testa e, do seu bolso, retira um pequeno presente, com um sorriso enorme estampado no rosto. Contagiante, não consigo deixar de retribui-lo, meu rosto se ilumina. O homem ao meu lado percebe, e parece não gostar, mas nem ligo, nada conseguiria tirar a alegria de poder ver meu irmão. Tinha tanta coisa para perguntá-lo, sobre a mamãe e o papai, como eu tinha ido parar naquela casa, com aquele homem horrível, a quem eu odiava e também temia, para cuidar de mim. Quando ele me levaria embora de lá,pois não aguentava mais aquele lugar, nem aquelas pessoas. Mas não consegui perguntar nada. Com a mão na minha barriga, ele entrega o presente, susurrando "é para vocês duas" Não consigo deixar de demonstrar a minha surpresa. Como? O que ele quis dizer com aquilo? Porém, ele não fica para me explicar. Me dá um outro beijo, dessa vez na bochecha e vai embora.E com ele toda a minha esperança. Surge então a agonia, o desespero.
Será que eu estava grávida?
Meu mundo, outra vez, encontra-se de cabeça para baixo.
Tonta, irritada, me retiro do local, sem olhar para trás, abraçada ao meu presente.

(to be continued…)

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